As autoridades sanitárias do Reino Unido disseram nesta
quarta-feira(13/02) ter evidências de que uma doença respiratória aguda parecida com a
Sars – que foi objeto de um alerta da Organização Mundial da Saúde (OMS) em
2003 – seja capaz de se alastrar por contato humano.
A doença é transmitida através do contato com animais, mas,
se houver possibilidade de transmissão através do contato humano, o risco para
a população é maior, explicaram as autoridades.
No mais recente caso, o terceiro no país, uma pessoa que
está internada na UTI de um hospital de Birmingham pode ter contraído a doença
de um parente próximo, acreditam os médicos.
Entretanto, o risco para a população britânica continua
sendo considerado baixo.
A mais recente pneumonia atípica é causada por um vírus da
família coronavírus. No mundo, foram diagnosticados onze casos da doença desde
os primeiros diagnósticos, no fim do ano passado. Cinco pacientes morreram.
Clique Leia mais: Entenda ameaça de novo de vírus fatal de
gripe
Na Grã-Bretanha, onde três casos foram registrados, duas
pessoas que contraíram o vírus haviam viajado do Oriente Médio para a Europa.
"A confirmação de uma nova infecção pelo coronavírus em
uma pessoa sem histórico de viagem para o Oriente Médio sugere que ocorreram
transmissões pelo contato pessoal", disse o chefe do departamento de
doenças respiratórios da agência sanitária britânica, John Watson. Ele
acrescentou que este tipo de transmissão também se deu na Grã-Bretanha.
Os médicos possuem evidências de que já houve contaminação
pelo contato humano no Oriente Médio, mas esta informação não havia sido
confirmada.
"Embora este caso nos dê forte evidências de
transmissão por contato pessoal, o risco de infecção na maior parte das
circunstâncias ainda é considerado muito baixo", disse a autoridade
britânica.
Segundo os médicos, o terceiro paciente a contrair a doença
no país possui problemas de saúde que podem ter aumentado a sua
vulnerabilidade.
Logo após os primeiros diagnósticos da nova gripe, a OMS
ressaltou, através de seu Twitter e sua página na internet, que o vírus é
semelhante mas não igual ao da Sars, e considerou "prematura" a
sugestão de que a doença seja "a próxima crise de saúde global".
James Gallagher
Da BBC News
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